DICIONÁRIO PRÁTICO (A -B)

A editora Fudidos&malpagos apresenta:
O DICIONÁRIO PRÁTICO FAVARAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA organizado pelo Instituto Lourentônio Favaraiss.



A
Abençoado: O sujeito que lhe empresta dinheiro
Abobrinha: Conjunto de idéias e pensamentos da classe política expressos em discurso.
Acéfalo: Diz-se de prefeitos, governadores, senadores, deputados, presidentes, vereadores e juizes.
Achado: Não é roubado!
Acordo: Quando um indivíduo paga o silêncio de outro.
Acuitado: Bordão da personagem Filó, interpretada pela comediante Gorete Milagres.
Adão: Aquele que desfrutou da maçã.
Adulto: Uma criança que cresceu e, logo morrerá.
Afastado: Todo funcionário público gostaria de ser.
Agiota: Aquele a quem nunca devemos pedir nada emprestado.
Agosto: Medida usada na culinária sem o reconhecimento da ABNT. Ele colocou tempero agosto.
Alugatário: Aquele que perde grande quantia em dinheiro em pouco tempo, e tem que recorrer ao abençoado.
Analista: Que trata da região do reto.
Animal: Edmundo, jogador de futebol.
Antiguidade: Dercy Gonçalves, Atriz.
Anulação: Momento glorioso do casamento.
Aquilo: O órgão sexual da espécie humana.
Argentina: Maradona.
Arriba: México.
Asfalto: Método comumente usado pelo poder público para a conquista de votos para a próxima eleição.
Assar: Expressão usada para designar o que acontecerá com a batata.
Atestado: Esqueça, as unidades básicas de saúde não fornecem.
Autoridade: Espécime em extinção no Brasil

B
Babel: Câmara Municipal
Baga: Resultado de uma prática delicada e as escondidas. Muito utilizada por pessoas públicas e celebridades. Entre elas, Soninha (ex VJ da MTV e atual vereadora de São Paulo) e Fernando Gabera (que prefere preservar a natureza queimando o mato certo).
Balão: Prática exercida principalmente pelos gestores públicos do Brasil. Aquele deputado me deu um balão!
Baralho: Eufemismo de função fática usado quando o sujeito tropeça, se machuca ou fica irritado.
Barbicha: Estabelecimento em que casais do mesmo sexo se reúnem para discutir Shakespeare.
Básico: O look Armani com qual o ator Global apareceu no 35º casamento de Otávio Mesquita.
Batina: Utensílio dispensado pelos sacerdotes diante do Pé de moleque.
Beija-flor-azul-de-rabo-branco: Como o próprio nome sugere: Beija-flor azul de rabo branco.
Belo: Cantor de pagode.
Bife: Artefato de grande importância para continuidade da raça humana. Entretanto, encontra-se em extinção, ou acima de R$ 15 o quilo.
Biscoito: Comentarista esportivo da TV Claret. Aparentemente não comestível.
Bode: Membro da mafionar... Esse é bom nem comentar!
Bosta: Paulo Coelho.
Brasil: República dos justos. Do Roberto pelo menos.
Brisa: Fumaça produzida a partir do encontro de Soninha e Fernando Gabera.
Brio: verbete inexistente.
QUENTINHAS:
------------------------------------------------------------------
PIOR QUE SER CEGO DE UM OLHO, É SER CEGO DOS DOIS.
------------------------------------------------------------------

O BAÚ ENCANTADO DE ROBERTO PALMARI

Filho de uma abastada família de imigrantes italianos, Roberto Fillipe Palmari nasceu em 5 de junho de 1934. Trabalhou para a extinta TV Tupi, foi um dos criadores da TV Excelsior e entrou para a história da sétima arte tupiniquim, ao realizar os longas “O Diário da Província” e “O Predilecto”.
#A Trájetória
Em 1954 Palmari viajou para a Itália e conheceu o diretor de cinema Federico Fellini, que entre outros, realizou E LA NAVE VA. Estudou literatura e fez estágio na TV Estatal italiana. De volta ao Brasil conseguiu, em 1959, um papel no tele-drama “Urgente (Um namorado para Sheila)”, do diretor Ademar Guerra na extinta TV Tupi. Dirigiu tele-teatros transmitidos ao vivo pela mesma emissora, e realizou o primeiro festival de MPB da televisão Brasileira, lançando cantores como Elis Regina e Edu Lobo. Ainda na Tupi dirigiu o Programa Marisa Urban, sob a redação do escritor Jaime Leitão.
Como publicitário lançou campanhas, comerciais de TV e ganhou muitos prêmios. Criou e dirigiu o Show da Rhodia, lançando a coleção de inverno de 1970. A trilha sonora ao vivo do evento ficou por conta dos Mutantes com direção musical do maestro Julio Medaglia.
#O Cinema
Sua primeira realização cinematográfica aconteceu no ano de 1976. O longa “O Predilecto”. No elenco Jofre Soares, Suzana Gonçalves e Othon Bastos. O filme levou o Kikito de ouro de melhor filme na 4° edição do Festival de Gramado de 76. Jofre Soares ganhou como melhor ator. Roberto Palmari e Roberto Santos melhor roteiro.
No ano de 1977 a revista masculina Status realizou seu 1° Concurso de Contos Eróticos. Os três contos premiados foram adaptados (por realizadores diferentes) para cinema e reunidos em um filme chamado Contos Eróticos. Palmari foi convidado para adaptar e dirigir o episódio “As três virgens”. Um destaque da produção foi a atriz Carmem Silva. Ela recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no XI Festival de Cinema de Brasília.
Em 1978 deu início ao seu terceiro e último projeto cinematográfico, “O Diário da Província”. O filme tem como pano de fundo a crise do café de 1929, e transforma em personagem o jornal rio-clarense de maior expressão nas décadas de 20 e 30: O Alpha. O longa contava com José Lewgoy, Gianfrancesco Guarnieri, Paula Ribeiro e Beatriz Segall. A equipe de pesquisa foi composta por Nelson Anunciato (Fubá), Paula Ribeiro e Fernado Cilento Fitipaldi. Foi premiado no festival de Vantiz na França e vendido para distribuição na Alemanha e França.
#A imprensa
Nesse ínterim foi locutor do programa Carnet Social da Rádio PRF2 (Rádio Clube) em Rio Claro, interior de São Paulo. Em dezembro de 1979 lançou, também em Rio Claro, o Momento – A semana passada a limpo. Tablóide com viés político-cultural. Entre seus colaboradores se destacavam: a fotógrafa Claudia Andujar, Jaime Leitão, Henfil e Ignácio Loyola Brandão. Com o fim do Momento, Palmari ainda tentou publicar a Folha Solta, mas a empreitada não passou dos primeiros números.
No ano de 1992 sofreu aneurisma cerebral e foi transferido para Porto Alegre, onde faleceu no dia 3 de outubro.
QUENTINHAS:
-----------------------------------------
FIAT NÃO É CARRO, GLACIAL NÃO É CERVEJA E POLÍTICO NÃO É GENTE!
-----------------------------------------

Os Marteanos / LAF

A Nasa está procurando indícios de elementos vitais em Marte. Procurou e achou. Primeiro afirmou ser sal, depois, água, mas uma coisa é certa: lá fora a discussão é outra.

Kurtzman, o gênio.

Você provavelmente já deve ter ouvido falar da revista MAD, em que o mascote Alfred E. Newman aterroriza tudo e todos sem distinção.
Foi através dessa publicação que o cartunista, e na ocasião editor, Harvey Kustzman tornou-se um nome conhecido internacionalmente.
A pedido de Willian Gaines, dono da EC comics, desenvolveu, escreveu e esboçou um novo projeto editorial chamado Tales Calculated to Drive you Mad . A revista foi lançada no ano de 1952 e tinha como proposta o humor intelingente e crítico a cultura norte-americana.
Após ter alavancado as vendas com a mudança do formato comic book para o magazine em p&b, Kurtzman se desentendeu com Gaines e abandonou a Mad nos idos de 1956.
No final da década de 50 se envolveu em várias publicações, editando, desenhando e produzindo. Um dos destaques foi a revista Help!, que parodiava filmes, musicais e cultura pop em geral. O projeto durou de agosto de 1960 a setembro de 1965. 26 edições. Autores como Robert Crumb, Don Edwing, Terry Gilliam e Gilbert Shelton contribuiram e tiveram seus primeiros trabalhos publicados em nível nacional.
Criou também a série em quadrinhos Little Annie Fanny. Paródia da história em quadrinhos Little Orfan Annie conhecida pelos olhos redondos e sem pupila. A história foi publicada entre 1962 e 1988 na revista Playboy americana, e teve breve aparição no Brasil. Recentemente a editora Abril de São Paulo lançou uma ediçaõ em vários volumes de Aninha bonita e gostosa (título em português). Vale a pena conferir.
Harvey Kurtzman, um dos grande gênios dos quadrinhos, faleceu em 1993 deixando seu legado e influência em artistas do mundo todo .