Escarro

Tem uns bunda em todo lugar. Sei lá se quero continuar com as merdas de sempre. Uns querendo dinheiro, outros, status, mas uma coisa que me deixa inquieto é que não sei mais. Foram dez anos a mil que me cansaram, definitivamente.

Cansei de ser pseudo-cult, defensor de movimentos, de lutar pelas baleias, de preservar o planeta. Será mesmo que o caminho não é a seleção natural. Deixar tudo como está e quem sobreviver verá. Tô ligado nas sessões da tarde, nos cinemas em casa, por que tudo isso tá na cara. Discursos, discursos e mais discursos. Até quando esse monte de lixo que não acaba?

Tomar umas brejas pra relaxar. Qualquer boteco serve. Aqui em Rio Claro City ou na puta que pariu. Tudo é discurso e o resto é coca-cola. Aliás, puta sede. Vou perambular na cidade (que dorme, e isso me deixa inquieto). Esses grupos do caralho. Tem grupo disso, daquilo, do fulano, do beltrano. Tudo lixo. Um mais idiota que o outro. E eu não me excluo desse cálculo.

Perda de tempo. Fiz que fiz e agora não vejo porra nenhuma. E nem queria ver luz. Um coletivo de xoxotas para uma bronha já serviria. Mas tá valendo.

Me ocorreu uma lembrança. Um brother das antigas tá pra colar por aí. De certo vai tomar uma comigo. Já um camarada recente tá a fim de meter o pé na porta. To junto. Ainda mais se for com despropósito.

Dá licença que agora vou beber horrores. Valeu!

Revista Picareta!

A revista de humor Picareta! já está pronta desde o mês de abril de 2009, mas (e sempre tem um mas), infelizmente, devido este redator não ter abocanhado nenhum daqueles incentivos (muito engraçado o eufêmismo para dinheiro público!) federais, estaduais ou municipais não saiu do computador da minha mega redação com mais de 455 computadores (mac), no trigésimo terceiro andar da Favari Corporation.

Adianto que não esperava incentivo algum, contudo acho da mais valia (da mais valia é foda) dar aos dois ou três persistentes leitores deste blog uma explicação detalhada. Após a crise (que pro meu lado chegou e chegou bonito) a Favari Corporation e Favari Inc., mantenedoras da Fudidos & Malpagos, tiveram que demitir do seu quadro de funcionários cerca de 300 pessoas. Eu não estava entre os demitidos, entretanto passei a trabalhar mais de 20 horas diárias e receber menos da metade da metade que eu já recebia. Desse modo, mesmo com todos os processos da produção de conteúdo e gráficos concluídos o departamento financeiro da empresa informou que para este ano nossa brincadeira estaria encerrada. Nos deixou na mão (e olha que não deram nem um pornozinho).

Peço aos leitores que desculpem a desorganização desta primeira edição, mas adianto que assim que for lançada, continuará com periodicidade indeterminada. No mais, confiram a capa da primeiro número.

Retrato 3x4

Passeando pelos bares de Rio Claro encontrei uma jornalista que acompanho e admiro muito. Muito gentil, Mariana Valadares (criadora e mantenedora do site Poucas e Boas da Mari) me atendeu e, inclusive, tirou uma fotinho comigo. Vocês podem estar se perguntando (no gerúndio mesmo) por que minha euforia, então respondo: ela é a Mari Valadares. Também sei que só falo mal de todo mundo aqui, mas Mari é uma daquelas pessoas que podemos afirmar com garantia: Essa jornalista é foda! (no bom sentido da palavra).

Coral da Igreja

Acho que estou ficando velho. Velho e gagá. Neste final de semana fui no 8° Encontro de Rock do Equinócio (eu sei, esse nome parece alguma alusão à corridas de cavalos) e achei todos aqueles cabeludos fofuchinhos. Uns doces. Tão doces que nem pareciam roqueiros de verdade.

Imagine você, que em mais de 10 horas de atividades nada de anormal aconteceu. Como assim! É um show de rock ou não é, porra? Cadê as excentricidades dos músicos, toda aquela violência gratuita e desmedida?
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Pra começar, para entrar no evento era necessário a doação de um litro de leite. Show de rock beneficente? Show de rock é pra enriquecer os organizadores e envaidecer os egos das bandas. Cadê o espirito roquenrol de quebrar as janelas do camarim, fuder com as groupies e mijar em qualquer canto?
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O que salvou a noite foi uma briguinha que aconteceu aos 45 do segundo tempo. Um sujeito qualquer provocou outro e meia duzia de tapas e palavrões foram desferidos meio aos equipamentos que estavam sendo desmontados. Nada grave. Parecia até uma festinha do coral da igreja da minha mãe. Aliás, creio que sai mais porrada no coral do que nesse show.
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No trabalho uma amiga, que também assistiu ao evento, contou que uma garota chutou e quebrou as paredes que dividem os vasos sanitários no banheiro. Legal pacas! A festa até que foi melhor do que eu pensava. A merda é que a menina era emo e se mijou toda com a chegada da polícia. Se sou eu eu cuspo na cara dos meganhas.
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Penso que o ódio existe e deve ser acionado, se não, pra quê serve a paz?

Insight - É proibido proibir

Essa lei antifumo é uma merda. Fui em um bar ontem a noite e no meio de uma canção do Bon Jovi me bateu uma puta vontade de fumar um bastão nicotiginoso. Contudo, devido aquelas placas de "proibido", fiquei em um dilema. Acho justo o respeito à saúde dos não fumantes, no entanto, sinto que o principio básico da "carta magma" (ou seria magna) brasileira foi totalmente violado. E o pior: por um tucano que só serra.

Além de parecer o mosquito da dengue (isso deve ser pré requisito pra entrar naquele partido, vide o Alckmim e o Dráuzio Varella), Serra me vem com essa. Cuidar da poluição daquela metrópole torpe que ele governa ele não quer né! (acho melhor assim, gosto do caos, mas esse pessoalzinho azul e amarelo...fode tudo).

Troya & Living Theatre

Convidado pela integrante do grupo Kino-Olho, Fernada Tosini, participei do documentário-depoimento do ator llion Troya. O vídeo foi gravado em mídia digital e dirigido pelo cineasta João Paulo Miranda Maria, coordenador do Kino.

Em 2005 participei de outro documetário realizado pelo Grupo Banzo (ainda inédito) com Troya. Nessa primeira experiência dirigi o trabalho que teve como Ancora o criador do Banzo, Paulo Rodrigues. Um encontro memorável de dois gigantes: Paulo e Troya em um bate papo regado a canabis. Em breve disponibilizarei este video.

Troya integrou o grupo de vanguarda Living Theatre durante dez anos. De acordo com o ator, seu ingresso no coletivo se deu no ano de 1970, quando em plena ditadura militar Julian Beck e Judith Malina se apresentaram em praça pública em Rio Claro-SP.
Com isso, Troya escreveu uma resenha para um jornal local e resolveu mostrar aos diretores do Living em São Paulo. Com o interesse do jovem ator, Julian e Judith o convidaram para participar do grupo. O resto é história. Abaixo está o link do documentário realizado pelo Kino-Olho.

Retrato 3x4

Sou um quase cinéfilo, metido a cineasta, que produz um blog de quinta. Ou seja, falante demais para um bom expectador e falante de menos para um bom diretor. O que significa que sou quase "um quase notado". Não muito diferente de 80% da população que só é notada em estatísticas de pesquisas pré-eleitorais.

Minha maior gloria é contar que tenho alguns amigos cineastas - parece até importante alguém contar à outrem uma coisa dessas - e que estamos pensando em alguns projetos, influenciados pela narrativa do cinema iraniano. O fato de não ter uma câmera, não me impede de ocupar o trono de um quase aspirante a cineasta.

Para um cargo desses, um amigo quase graduado em cinema disse que tenho que assistir Cinema Paradiso - logo esse que sempre adio por causa dos filmes iranianos?

O que me deixa feliz é que hoje encontrei um amigo cineasta no café, e ele me indicou um filme iraniano que ainda não ví. Minha mulher vai adorar: querido vou fazer uma pipoquinha pra gente assistir ao filme que você trouxe.

Corta! Por hoje é só pessoal.